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 |  Assunto: Entre o Céu e o Bonsai Oitavo Capitulo  Sex Ago 15, 2014 6:52 pm | |
| A Fronteira (é um lugar entre o esquecimento e a espera do que não vem)
Noticias e Mulheres
Acordei antes de tocar o alarme e lembro da noite anterior e solto um sorriso involuntariamente, esta lembrança que pensei que poderia não sem bom, porque ele é um perigo para se apaixonar fácil, se converteu em energia e eu pulo da cama revigorada e feliz.
Tomo um banho rápido, escovo meus cabelos castanhos claro lisos e fartos e me visto rápido com Jens preto, camiseta preta, botas de salto baixo, e um casaco também preto e deixo um cachecol vermelho no sofá para vestir quando sair. Vou para a cozinha ligo a cafeteira, passo geléia em 3 torradas, esperei o café ficar pronto, coloquei leite e sentei na banqueta sozinha com meus pensamentos, como seria o dia hoje? Como estaria Moly?
Segundo dia, tudo é muito novo ainda, e tomo o café devagar. Volto para o quarto e coloco um gorro porque está muito frio e pego as botas. Sento-me no sofá da sala para vestir as meias e quando a enrolava nos dedos para abrir, tive a visão mais fantástica da minha vida, nem quando tio Fred me ensinou a assoviar senti emoção maior que esta. Ali, na minha frente, jogado displicentemente num canto ao lado de uma mesinha , um cachecol cinza de lã.
Minhas mãos pararam no mesmo momento que o relógio do tempo e eu fiquei ali, olhando, sem ação, um tempo que não contei, só escutei aos poucos os sons da cidade que subiam pela janela. eles tinham sumido naquele segundo e voltaram me acordando. Calço as meias e as botas. Lentamente, junto o cachecol, enrolo em meu pescoço, e vou pegar o metrô.
Los Angeles no inverno acorda gelada e o trajeto até o metro é movimentado e as pessoas andam apressadas, mas eu não tenho pressa No caminho até a Ong vou falando em oração, e cito até um trecho de um salmo colocando toda a minha fé, tomara que ele esqueça, tomara que ele esqueça!,..tomara que ele esqueça...
Penso em Lívia e lembro do meu cachecol e espero que ela entre em contato para entregá-lo, pensei nesta ótima desculpa para ela me procurar o mais rápido possível e eu vê-la novamente, mas sem compromisso.
Desço do metro e me dirijo a Ong. Lembro de Keanu e dou para mim mesma uma boa bronca!...come on, Livia...!! Pés no chão... mulher!
O corredor está cheio de crianças e a realidade bate a minha porta. Bom!! se ele lembrar ou mandar buscar, em qualquer dia o seu cachecol, estará aqui na Ong e será mais fácil entregar.
Se tem uma coisa que conheço bem é a impotência, Você só pode fazer o que depende de você mesmo. Você não pode fazer o que depende de um outro.
Ordem do dia, não espere nada e nem crie expectativas do que não depende de você, ver Keanu novamente, depende mais dele do que de mim. E ver Keanu é uma coisa, imaginar coisas dele ou com ele é outra. A tortura do que está sentindo o meu coração deve ser pelos acontecimentos serem recentes. Então, calma que vai passar tenho certeza...é só não ficar pensando, guardar tudo na caixinha de memórias de momentos felizes.
Soltei a jaqueta e a bolsa em minha sala e fui em direção aos quartos e ouvi o choro de Moly e vi Steve que me chamou para ir com ele até sua sala. Ele foi até sua cadeira e fez sinal para eu sentar, o leve cheiro de cigarros que exalava do cachecol de Keanu, começou a me incomodar e quando fiz menção de tira-lo do pescoço, a porta de abriu e dois policiais entraram.
. Eles pararam ao lado da mesa e ao lado de Steve e começaram a falar rápido sabre dois irmãos de Moly que estavam desaparecidos. Falavam coisas incompreensíveis quando tocou o meu celular e era tia Rose pedindo que eu fosse até a sala de aulas; Levantei fazendo sinal para Steve, que concordou e sai.
Na sala num canto um garotinho loiro, o único branco desta remessa. Me dirigi a minha sala e peguei os papéis de transferência, o garoto se chama Kevim, tem 5 anos e veio direto da justiça, estava com um vizinho dos seus pais e é seu primeiro dia em um abrigo.Os pais foram presos dois dias antes.
Eu o convidei para vir junto, ele pegou minha mão, estava muito sujo, com roupas inadequadas para o frio, com os lábios um pouco roxo..que cena triste. Levei o menino para Selly para dar um banho e colocar roupas limpas e quentes.
O choro de Moly cortava o coração e era ouvido em qualquer parte do prédio, e eu fui dar um descanso para a voluntária e peguei a menina. Ela segurava uma boneca e estava com um bico. Levei a para o pátio e sentei com ela, tentando distrai-la, mas não tinha jeito. Steve veio em minha direção. Sentou do lado e os choros de Moly, não impediram dele falar com calma .
Ele explicou que Moly tem mais dois irmãos, um é adolescente de 16 anos e esta solto nas ruas e estão procurando mas ele se esconde, esta mais difícil. Mas tem uma garota de 12 anos que ainda não foi encontrada, mas estão empenhados.
A manhã não foi fácil, trabalhei em minha mesa, preenchendo documentos, com Moly chorando sentadinha no meio da sala com brinquedos que não fazem efeito. As vezes, o velho Steve, tia Rose, uma voluntária entram na sala e conversavam com ela em prantos mesmo, para a menina sentir que todas as pessoas em volta se importavam com ela. Já são 11 horas e eu levanto, coloco a toalha no meu ombro e faço Moly dormir andando pela sala. Coloquei a menina na cama, voltei para a sala e chorei. Eu chorei de pena, de cansaço, e de tudo o mais que tem por vir. Minha cabeça está explodindo e hoje não tem alguém tão especial para mudar isto. Levanto-me e tomo uma aspirina.
Fiquei enjoada e não quis almoçar, não precisei ajudar porque as cozinheiras chegaram. Me dirijo ao metrô e vou para a aula de edição que estou amando cada dia mais. Nunca aprendi tanto, fiz a faculdade de publicidade a tanto tempo que tudo o que aprendi já se tornou absoleto. Aqui tudo é tão novo que estou aprendendo muito rápido e a empolgação só aumenta, O que ajuda a esvanecer as manhãs tristes no abrigo.
A tarde foi boa, o professor estava inspirado e nós saímos para as ruas para buscar ângulos de fendas de prédios para manipular imagens.. Tracy sempre dá um jeito de ser minha parceira, mas é meio mala a garota. Ela estava fotografando tudo, achando coisas incríveis, rodopiando por achar ângulos inéditos e eu pensei que, ela podia se pendurar em um desses parapeitos mais altos das laterais dos prédios e eu sem querer esbarraria, e ela se estatelaria no chão e ficaria duas semanas sem ir para a aula.
Não me bastou a pobrezinha da Moly chorando a manhã toda? Penso cansada. .
Então me distrai no que estou fazendo e não ligo para a garota que ficou falando sozinha. Até que num dado momento ela chegou bem perto e me estendeu um catálogo, e olhou para mim e falou sorridente.
`- comprei um para mim e um para você, porque achei a sua cara.
Fiquei surpresa, não imaginei que Tracy gostasse tanto de mim! Como que eu não vi isso? Aliás não vejo nada!
E resolvi ser sincera. Agradeci o catálogo, disse o quanto gostei e falei que não sabia que ela gostasse de mim, porque me sinto incomodada sempre que ela fazia os trabalhos sozinha. Tracy ficou estupefata, falou que não fazia sozinha para se apoderar, mas porque gostava de fazer e pensava que eu não me incomodava A semana passou rápida com muitos trabalhos e o cachecol que continuava na minha sala eu enrolei no pescoço e levei para casa.
KEANU POV
Lívia sumiu feito um fantasma. Todos os dias recebemos relatórios de quem faz pedidos de entrevistas, contatos, quem ligou, quem não ligou e nem um sinal de Lívia. Nem para devolver o cachecol. Será que eu penso que ela gostou e me enganei? Ela tem todos os meus endereços, telefones, e-mail nos documentos da Ong, assim como eu tenho os dela. Ela não fazer nenhum contato me deixa confuso, não sou acostumado a estas atitudes depois de ter dado abertura a qualquer mulher que fosse. Mas se ela não devolveu o cachecol é porque quis para ela e isto é bom também. KEANU POV OF
LIVIA POV
Keanu sumiu e eu já esperava, ele é homem independente de qualquer coisa e por cima é um astro, esperar o que? Mas Benza a deus ele esqueceu o cachecol fedendo a cigarros, só não sei se vou usá-lo, sinto a estranha sensação que estou roubando, ficar com o que não é meu, mesmo sendo daquele “Sol” a família desaprovaria... Vou acabar um dia enviando por correio antes de ir embora, que desperdício!.
Sábado fui na Ong peguei as crianças e duas voluntárias e saímos para passear. Fomos para o centro e visitamos um Museu de arte. As crianças ficaram comportadas e comeram lanche em um Mac Donalds. Foi uma tarde divertida. Quando voltamos descemos uma estação um pouco antes da Ong, para elas irem a pé e verem a paisagem do lugar onde vivem.
Andavam pelas calçadas vestidos com coletes sinalizadores em laranja, segurando as mãozinhas em fila indiana e uma garotinha Carolyn gritou – olha tia Lívia, a janela da casa que eu morava. Eu olhei na direção que a menina apontava e vi uma janela larga com a parte de cima arredondada, e a menina falou “todos os dias era eu que abria as janelas”. Gregory um menino gordinho gritou - “mentirosa, você não alcança naquela janela”...
E todos começaram a apontar inúmeras e diferentes janelas se perguntando qual delas eles conseguiriam abrir, e conversavam animadamente.
Moly não foi ao passeio, ainda chorava, mas ocasionalmente dava um tempo e já comia. Ainda ficava na minha sala a metade de todas as manhãs e só dormia no colo.
Segunda feira as 10 horas Steve entrou em minha sala falando - Lívia acharam a garota está vindo.
_ Sério Steve? Não acredito.
A menina chegou era tão magrinha quanto Moly, olhos enormes redondos e olhar assustado. Eu senti que ali tinha problema. A garota Ildy foi levada até Moly que abraçou a irmã e não soltou mais.
A tarde foi tranqüila, desde a conversa com Tracy, a garota estava mais solidária e compartilhava os trabalhos e eu sentindo minha consciência pesada, mas melhorou porque Tracy é um doce e tem um inglês bem melhor que o meu e vem me ajudando bastante.
Indo para casa resolvi fazer o que prometi para Keanu. Eu não soube mais noticias dele e não procurei, para permanecer lúcida.
Ligo e no terceiro toque uma mulher atendeu, perguntando quem é? quem esta falando? sem me dar tempo de me manifestar.
Respiro fundo enquanto ouço a mulher falando -
- hi?!..hi?!
Me recomponho da surpresa e falo,
- Boa noite, eu trabalho numa Ong que o senhor Reeves é colaborador e eu preciso dar um recado a ele por favor!
- A mulher mudou o tom de impaciente para um pouco menos impaciente, parece que ficou curiosa e respondeu, Sim, pode dizer!
- Por favor, diga a ele que Moly tem uma irmã de 12 anos que foi encontrada e está no abrigo junto com ela, e que ela está bem mais calma.
E a mulher indagou – E quem é Moly?
- E uma menina interna na Ong Mãos Solidárias. Se a senhora puder fazer o favor de dar o recado que ele está esperando eu agradeço.
- E a mulher perguntou – e quem está falando?
- Diga a ele que é uma voluntária da ONG. Agradecida senhora, boa noite! e desligo sem esperar resposta.
- Sinceramente, mais grossa que eu com Tracy! Até passou meu peso de consciência.
Evelin, entrou na minha sala com meu celular que deixei carregando.
- Keanu era você que esperava uma ligação de uma Ong com noticias de uma menina?
Meu coração deu um salto, estendo minha mão pedindo o meu celular para atender mas Evelin diz;
Eu atendi e uma moça que se disse voluntária da ONG mas não disse o nome. Mandou dizer a você que a menina Moly tem uma irmã de 12 anos que eles acharam e a menina está bem.
Porque, você não me chamou para atender?
Porque você disse que esperava uma ligação de Robert e que eu atendesse e ela pediu para eu dar o recado e não para falar com você.
.Desvio meu olhar de Evelin e concordo com a cabeça, como faço sempre que sou surpreendido e fico sem palavras. Soube ali naquele momento que se quisesse vê-la teria que procurá-la e isto era uma perigosa armadinha com certeza, ou Livia é esperta ou é inocente, isto eu não tenho como saber, só o tempo dirá e estou com saudade. Estou cansado de mulheres oferecidas e vazias, Lívia neste momento parece ser um bálsamo. Resolvo fazer contato mas sem demonstrar que quero vê-la quem sabe faz efeito e ela me liga, vou mandar pela caixa postal da empresa para dar mais formalidade ao contato, isto tira esperanças de romance, só abre para bons encontros.
Keanu já deve ter recebido meu recado sobre Moly. Entro em casa e tiro a roupa e vou tomar um banho de banheira bem quente e coloco sais..fecho meus olhos e fico um tempo, cochilando e soltando o corpo...se desvencilhando de qualquer lembrança boa de uma noite maravilhosa.
Resolvo ligar para minha irmã e levanto.
Coloco o robe branco curto, enrolo uma toalha nos cabelos e fui para a sala, o celular acionou o alarme de mensagem. Fiz uma caneca de café bem quente, pegou o celular e sento na sala.
Era um e-mail que eu não conhecia e estava escrito:
Obrigado, por me dar noticias de Moly, estou feliz que as coisas estão dando certo para menina. Ela parou de chorar? E como você está tudo bem?
Keanu
Fui olhar, o endereço de e-mail e é da empresa de filmes dele.
Liguei para o Brasil, eu ligo uma vez e eles outra, nos falamos duas vezes por semana para ficar mantendo as noticias em dia. Minha mãe me passa até receitas de comidas e de produtos tira mancha, chás para eu tomar, se preocupa demais com o frio e se certifica sempre se estou me cuidando para não gripar. Eu conversei com meus pais , com minha irmã Paula e também com a caçulinha Ana, por mais de uma hora, contamos muitas coisas, eu só não falei de Keanu, não jogaria uma bomba destas para a minha família. Porque com certeza iriam ficar perguntando tudo, além de que iria deixar minhas irmãs em expectativa de próximos capítulos, até porque não há próximos capítulos.
Volto a mensagem da caixa postal e respondo:
_ Sim, está tudo bem comigo. Moly está muito feliz e obrigada por se preocupar.
Lívia
Meu Deus ela levou mais de uma hora para responder, isto quer dizer que ela nunca espera um contato meu e se recebeu antes não teve pressa de responder. E respondeu de forma, profissional e formal também, sem chances, terei que ir atrás. Pareceu fácil, mas me enganei. Que mulher!
No caminho recebo uma ligação de Claudia, e ela está chateada porque não retornei suas ligações, que não nos vimos mais e que ela quer me ver urgente.
Me desfaço de qualquer encontro, mas sinto que vou ter dor de cabeça.
Por agora Lívia esta ocupando meus pensamentos as outras perderam a graça e o sentido. E eu terei que viajar por mais uma semana e estou louco para ver Lívia novamente e fazer sexo com ela e não com outra.
Chego em casa cansado e Claudia com seus cabelos lisos e loiros já está na frente estacionada me esperando ela desceu quando me viu com sua calça justa num corpo magro e alto . Eu sabia que teria dor de cabeça, mas tão cedo? Já?
Entro e ela entra na garagem aberta e nem espera eu desembarcar e já vem falando.
- E daí o que foi? Perdeu meu telefone e meu endereço querido?
Não respondo pois me sinto invadido. Aciono o controle e fecho a garagem, entro em casa com Claudia me seguindo nervosa.
Meu celular toca e é Mirna.
-olá Keanu, tudo bem?
-sim e você?
-Tudo bem se não fosse o seu sumiço.
- Eu sumi? Desculpe eu não sabia? Marquei alguma coisa com você e não fui?
-Não, mas não retornou minhas ligações.
Claudia escuta que converso com outra mulher e me fuzila com os olhos. Sigo até a cozinha com uma no ouvido e outra me seguindo. Que situação!
-Retornei sim e disse que não podia, que estava ocupado..lembra?
-Sim, mas eu esperava outra resposta. Desta forma é mesmo que não tivesse retornado. -Você vai viajar?
-sim.
- E quando retorna?
- Em seis dias.
-Podemos nos ver?
-Sim.
- Na sua casa ou na minha?
- Prefiro um restaurante.
- ótimo, e depois esticamos vai ser ótimo, uma noite de vinhos e festa.
- Errado, cada um para a sua casa, Mirna meu programa não é exatamente o que você está esperando, me desculpe!
Olho para Claudia que abre um sorriso satisfeito.
- Keanu não pode ser!!!
- Mirna nós vamos almoçar ou não?
-Almoçar Keanu? Almoçar?
E ela desliga e eu não entendo....mulheres!
Quer um café Claudia? Uma água?
-Sim, uma água.
-Me conte o que anda fazendo?
- Estou com um projeto que eu já te falei que está dando muito trabalho...e ela destrinchou todos os problemas e não eram poucos.
Ouvi Claudia por um tempo interminável, e ela quer minha opinião, um conselho. Mas se eu der minha opinião ela não vai gostar do que eu acho e do que eu diria. E não consigo pensar o que não é meu.
- Claudia, você parece tão lúcida, você é boa no que faz, tenho certeza que você mesma vai achar a melhor solução para tudo, e bem melhor do que eu.
- Vem cá, quero um beijo!
-Meu deus! só isso? Não quer mais nada?
-Entrou aqui, conversou, pediu conselhos e agora quer beijo?
Desfaço-me do abraço de Claudia de vagar e vou até minha sala de trabalho e começo a abrir pastas e ela fica na porta incrédula me olhando.
-O que você está fazendo?
- Claudia não sou desocupado tenho muita coisa para resolver e vou resolver agora, quer ajudar?
-O que eu faria? E quando podemos ficar juntos e sem trabalho?
- Eis uma resposta que não tenho, porque não sei se termino isto um dia.
-Keanu o que está acontecendo?
Prefiro o meu silêncio não vou falar o que ela não enxerga - O que está acontecendo é simples. Nunca prometi nada, nunca fui propriedade dela, disse a ela que ando ocupado ( e ando mesmo0 e não quero encontros e ela está aqui na minha frente me cobrando. E pergunta o que aconteceu?
Mas não vou ignorá-la e falo;
- Claudia não aconteceu nada, as coisas vem e as coisas vão, todos nós temos o nosso tempo. Pra mim estou em outro tempo, só isto! Nada com você, que é uma pessoa que eu gosto..mas meu tempo mudou, e você sabe muito bem lidar com isso..assim eu espero. E olho para ela sério para confirmar o que disse.
-ok, vou embora, me abra a porta.
Fui até a frente com Claudia e ela está uma fera. E falo para ela se acalmar.
-Me liga se precisar de alguma coisa.
- Comigo também vai querer almoçar?
- Claro se eu estiver com tempo e puder, quem sabe? será ótimo..
-Nem uma noite nunca mais?
- Não respondo de imediato, porque ela está insistindo no que já deixei claro...mas ela fica esperando minha resposta.
-Você entendeu tudo o que falei Claudia?
- Deixa eu te dar um beijo de até logo por hoje. È assim que eu vejo, porque quem sabe ainda nos encontramos e acontece o que gostamos de fazer? Você mesmo disse que acredita no acaso, então!.
Claudia me beija e eu não correspondo. Simplesmente não consigo, é como se ela fosse de papel e não de carne.
Vejo Claudia embarcar e se afastar me acenando.
Pronto só falta Cintia que já ligou duas vezes só a tarde. Até parece que vivo saindo e tenho tanto fôlego. Meus encontros são sempre muito esporádicos, não tenho tanto tempo, mas é só pousar o avião e ficar um tempo em Los Angeles que se abre as cachoeira do Niágara. Só porque ando com minha cabeça ocupada resolveram fazer invasão simultânea só pode ser vudu.
Vou para o meu quarto, tomo um banho, me deito e penso em Lívia que colocou em mim um receio - O que esta mulher pode fazer comigo me ignorando depois de eu querer tanto, e achar que tinha conseguido!
. Adormeci e sonhei com ela...
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