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 Entre o Céu e o Bonsai quinto Capitulo

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Entre o Céu e o Bonsai quinto Capitulo Empty
MensagemAssunto: Entre o Céu e o Bonsai quinto Capitulo   Entre o Céu e o Bonsai quinto Capitulo I_icon_minitimeQua Ago 13, 2014 11:30 pm






A Fronteira (é um lugar entre os flagrantes e o inesperado)


A Chuva
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O refeitório parecia  uma festa, com barulho de pratos e talheres e as meninas tentando servir todo mundo; Tio Fred veio em nossa direção  e providenciou um lugar para Keanu, numa outra mesa. Soltei minha bolsa numa cadeira do seu lado,  pedi licença a ele e ao meu tio e fui ajudar as meninas a servir as crianças. Pensando que era o começo e as dificuldades serão ultrapassadas porque no dia seguinte,  virão as voluntárias da cozinha, aceno para  tia Rose que hoje teve que fazer as refeições.
Olho para Keanu,  e vejo, que  tio  Fred sentou junto para almoçar. Conhecendo meu tio eu suspiro, Meu Deus isto não vai dar certo!. E vejo  tia Rose indo servi-los.

Enquanto ajudo Samy, olho na direção de Keanu, e vejo que ele e meu tio travaram uma conversa pra lá de animada, como eu não esperava, pensei que tio Fred não ficaria na cozinha hoje, ele está muito ocupado com relatórios para a igreja sobre a abertura do novo abrigo. Não demorou e Steve entrou e sentou junto deles, ele eu esperava Steve é muito atencioso a tudo o que acontece em volta da Ong e não deixaria de ver como a primeira refeição será recebida pelas crianças. Começo a me sentir  incomodada, tenho certeza que meu tio vai falar  tudo a meu  respeito,  de onde vim, o que faço no Brasil, qual a minha formação acadêmica, profissão, que fui casada, que não sou mais, que adoro viajar, que estou estudando, onde, como, ou seja, tudo, inclusive que sou sua sobrinha favorita.
Tudo o que desconfio se confirma, porque vejo  Keanu dando rápidas  olhadas na minha direção,  confirmando alguma coisa com a cabeça.
Eu mereço!, agora não tem mais jeito, eu  não tinha como ter ficado do lado deles para impedir. Não tem nada demais na minha vida,  que as pessoas não possam  saber, então porque me incomodar?  Mas sou eu quem devo contar e não os outros. Meu tio é uma pessoa que não faz  nada por mal, e gostou de verdade de Keanu e quer  elogiar sua família e como  iremos nos dedicar a ONG e,  porque eu estou neste lugar neste momento.

Demoramos em terminar de servir, porque as crianças repetiam,  pareciam famintas, como se estivessem a um longo tempo sem uma refeição descente e quente.
Tio Fred chegou do meu lado  dizendo;

- Tudo certo querida? Pode ir almoçar que chegou mais voluntários e vão  ajudar aqui.

KEANU POV. –
Gostei muito da conversa com Fred e Steve.  Fred se parece com Lívia nos cabelos castanhos e a pele branca, é muito jovem,  parece mais irmão dela do que tio e é calmo e engraçado sendo perceptível que o bom humor que Lívia demonstrou na conversa em sua sala é uma característica familiar.


- Vejo que Keanu continua na mesa e Steve também já tinha  saído. Fui até ele sentei sorrindo. Comecei a me servir e pergunto:
- Olá, está boa a comida?
-Sim, sua tia cozinha bem.
- Ele segurou o rosto com uma das mãos e falou com falsa seriedade olhando  diretamente para mim e em tom de pura gozação.:
- Que maravilha, sem jornal ou Google na internet agora eu também sei tudo a seu respeito!
- Então! Que triste realidade!  Estou vendo que minha superioridade não durou nem um dia, mas aprendi a lição -  faço um sinal de entre aspas com as mãos - “Não precisa ser famoso para ter sua vida exposta, basta ter um tio  que te adora”.

Keanu sorriu divertido sabendo que eu não esperava por essa. Brincou com o guardanapo, dobrando feito barquinho, virou-se na cadeira ao lado da mesa redonda e esticou as pernas  ao meu lado muito  próximo,  me proporcionando uma visão total do seu corpo definido.
Ele dobrou  os pés no chão e eu olho, porque meus olhos foram puxados e pareceu que olhei descaradamente sem conter minha surpresa diante de tal visão.
Por Abraão, que pernas mais lindas ele tem!.  Vislumbro em minhas quimeras que não me abandonam elas enroscando meu corpo, e subiu um calor pelo meu ventre.
Levanto os olhos para ele que me pegou no flagrante e estava sério.

Não engulo o que tenho na boca para não me afogar, senti trancar minha garganta. Segundo encontro e ele já me pega em olhares e devaneios diante de sua aura e beleza. Parece difícil escapar de seus olhos  que mais parecem  uma ave em pleno vôo.

Desvio minha atenção me sentindo impetuosa e tento desesperadamente disfarçar para que ele  pense que foi involuntário. E foi involuntário ele não tinha nada que se esticar do meu lado e com este calor  que vem dele é um castigo  se colocar  tão perto!  
Olho para o barquinho que ele dobrou e tento dissolver meu deslize, perguntando:
_Você conhece a história do barquinho de papel?
- Não! disse Keanu muito rápido.
_Meu inglês não é tão bom que eu consiga contar uma história tão longa, mas vou ficar um ano e a ampliação vai ficar pronta em 6 meses, se você voltar para ver os resultados, meu inglês vai estar ótimo e eu conto. Falei olhando  para ele, na esperança de  vê-lo mais uma vez antes de ir embora, seria muito bom.

- “Não acredito que ela acha que vai me ver só daqui seis meses ” eu moro em Los Angeles e ela pensa que  dou os recursos e não me interesso em ver todo o andamento dos trabalhos.
Estava olhando para as minhas pernas e perdeu o jeito porque não fez de propósito e tentou disfarçar... ah mas é  tarde demais!! ela me abriu as portas e eu vou entrar. Mas  terei que ir devagar. Agora  sei onde  mora, onde estuda e até os horários da sua rotina,  memorizei cada palavra de seu tio Fred.

Ele só sorriu de leve e não respondeu. Em seguida ficou pensativo e eu  acabei de comer e pedi licença porque tinha que sair, mas  ele me  ofereceu uma carona até a minha escola, ou seja, meu tio contou que depois do almoço eu iria para minha aula, no centro. Como ele saberia?  eu sei que ele adora motos e pergunto:
- De carro?
. - Não! de moto! Você não anda de moto?  perguntou me olhando e saindo na frente.
- Na verdade no Brasil não, mas aqui o transito é mais civilizado eu vou!
_E o motorista? não confia?
Não entendi a palavra confia e perguntei!
Ele fez gestos para eu deixar pra lá!

Era uma linda  moto preta, ele abriu um compartimento na parte de trás e tirou um capacete estendendo para eu colocar. Subi buscando não grudar nele, só me segurar e me equilibrar, mas me imaginei  me aproveitando da situação e ri sozinha, porque se eu quisesse  me oferecer seria muito bom!.
Ainda bem que ele está de costas  e seus olhos não me vêem.
O transito fluía mais movimentado naquele horário, mas ele era muito calmo e fiquei relaxada.
Quando  estacionou na frente do prédio, desci e tirei o capacete. Ele desceu para guardá-lo. Sorriu mais uma vez  e perguntou se  fiquei com medo;
- Não, você parece ser um bom motorista.
- Parece? Você não tem certeza? E sorriu divertido pra mim, estendendo sua mão me dando um longo e leve aperto de mãos e assim nos despedimos.

Ela só se segurou e não se aproveitou da situação para eu sentir um pouquinho do seu corpo tentador, vai dar trabalho esta mulher!

Entrei na aula com a cabeça girando, foram muitos acontecimentos para uma única manhã, ele era incrível  meu Deus e que sorriso mais lindo e que pernas!
Na sala de aula os alunos já estavam acomodados e uma menina do Alasca, muito loira e linda fez sinal para eu  sentar junto dela. A menina falou que os trabalhos do dia serão em duplas. O professor explicou como deverá ser feito nesta primeira fase, ainda sofro nas aulas, por ter muitas palavras que ainda não compreendo.
. Levantei e fui perguntar  ao professor. Quando voltei a menina que se chama Tracy já estava fazendo e continuou sem se importar com minha parceria. Lembrei de Moly que a esta hora já deve ter acordado e fico preocupada, levanto me e vou até ao banheiro e ligo para Steve, que atendeu de pronto.
_ Olá Steve, Moly já acordou? Como ela esta?
Steve, calmamente me falou  que a menina continua chorando, não quis comer, mas não há o que fazer e a psicóloga esta lá, e que em algum momento ela vai parar e comer, que eu não devo ficar preocupada, ele esta acostumado com estas situações.
Volto para a sala. Tracy continua  fazendo e parece que nem sentiu minha falta. E eu fico chateada porque a aula não está sendo aproveitada. Ela  continuou,  até ter uma dúvida e me perguntar e eu finalmente ter  a chance de participar do trabalho,.
Ocupada as horas passaram mais rápido e a aula terminou.

Como sempre  desci  pelas escadas porque o elevador vive cheio.
Chegando na porta do prédio  vi que está chovendo  muito, em cântaros, como  eu ainda não  tinha visto chover na iluminada Los Angeles, tio Fred me disse que  L.A é uma cidade que chove muito  pouco.
Fui até a marquise para ver se via algum taxi no meio fio ou passando na rua, a calçada até a rua é  longa com uns 20 ou 30 metros, quando o meu celular  tocou e  atendo no segundo toque.
- alò.
- hi...
- Que  voz inconfundível, o que será que aconteceu?
Não acredito  que ele está me  ligando novamente!  E  falou palavras que eu não entendo,  fiquei mais confusa para assimilar diante da  surpresa.
Parece que ele sentiu minha confusão e repetiu devagar e com palavras mais fáceis de serem compreendidas.

. - Lívia olhe para a sua frente, você está vendo um carro preto estacionado, com luzes acesas?
- Sim.
-Venha que sou eu!
- Provavelmente ele  tinha dito que estava no carro com pisca alerto ligado e por isso eu não tinha entendido.

Ela se destacou no meio das pessoas pelo cachecol azul claro que lembrei que  está usando, e não precisei ligar antes para oferecer uma carona até sua casa o que seria um risco, provavelmente ela iria  me dizer não, para não  incomodar. Foi só conseguir estacionar nesta chuva que está sendo  uma ótima oportunidade para vê la novamente e me aproximar mais. Espero uma abertura para poderemos  ir a algum  lugar, na esperança que não peça para ir para casa.
Eu soube pelo tio que ela foi criada na igreja e  é uma boa cristã, que tem  fé e acredita em tudo o que aprendeu desde crianças, mas mantém uma vida normal sem se misturar aos dogmas que ela diz serem da igreja e não de Deus. E isto me dá mais liberdade para não ter receios de lidar com ela. Mas tenho muitas dúvidas porque ao mesmo tempo em que ela está parecendo estar  perto,  ela é misteriosamente muito  distante.

Keanu Reeves me esperando?  não acredito no que está acontecendo!, ele, aquele que  encantou meu dia depois do cansaço  com toda a reforma, uma manhã  difícil com  Moly, está  aqui ?

Puxo o capuz , e abro o zíper da jaqueta  para proteger meu material,   respiro fundo e correndo chego no carro que ele abriu a porta pra eu entrar rápido. Embarco  rindo divertida adoro chuva e tiro meu capuz  e olho para ele que também está sorrindo. É incrível o que sua presença quente me provoca  dentro do carro. Sinto o calor que parece um  abraço, me comprimir como se estivéssemos nos apertando fisicamente, mas é uma energia. Tento abstrair da sensação e digo:

_ Nossa, com esta chuva uma carona aparecer não dá para acreditar.  Obrigada.  E que carona!  Eu penso vendo seus olhos brilhantes me fitando.

_ Para onde você gostaria de  ir Lívia ?

- Você mora em Los Angeles e eu é que digo onde vamos?

Ele deu outra risada parecendo feliz e arrancou o carro devagar.


Não acredito!  Que além de dar abertura me deu liberdade de escolha.  Ah ela está uma delicia cansada de correr e rindo feito menina, e demonstra estar feliz de me ver, vai ser ótima esta companhia no meu lugar favorito onde não vou a muito tempo. Este definitivamente está sendo meu dia de sorte, e eu quero mais!.

- E pegamos  a Sunset Boulevard, também conhecida como rota do sol, que tem 32 kilometros de extensão e se inicia no centro de Los Angeles e passa por dentro de dez bairros e vai até a praia de Pacific Palisades entre Santa Monica e Malibu, é uma rota de musica, com muitas lojas com instrumentos musicais, mas com aquela chuva, pouco dava para apreciar, e a companhia era muito boa para dispersar a atenção..
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